Nas eleições de 1989, o senador paulista Mario Covas, foi escolhido para disputar a presidência da República pelo PSDB, despedindo-se do Senado com um discurso histórico no qual pregava “um choque de capitalismo” como solução para os problemas nacionais.
Amparado em sua respeitabilidade, Covas personificou as bandeiras do PSDB, preconizando a transparência e reformas profundas para o País. Com 7. 790.392 votos no primeiro turno, Covas emplacou o quarto lugar numa eleição que teve 22 candidatos.
No segundo turno, o PSDB aderiu à Frente Brasil, criada em torno do candidato do PT, Luiz Inácio “Lula” da Silva, para enfrentar o primeiro colocado, Fernando Collor de Mello, do PRN.
Fernando Collor assumiu a Presidência da República em 15 de março de 1990, contrariando seu discurso de campanha: confiscou os depósitos, aplicações financeiras, congelou preços e salários. E não conseguiu estabilizar a economia.
Meses depois, Collor tentou atrair o PSDB para o governo. Fiéis ao seu programa partidãrio, os tucanos recusaram a oferta, ratificando a posição pouco antes do impeachment, em 1992.
O PSDB participou de suas primeiras eleições para governador, deputados federais e estaduais, em 1990, conquistando um formidável crescimento da legenda. Elegeu 38 deputados federais e um senador ( Beni Veras, Ceará), aumentando sua bancada no Senado para nove parlamentares. Nas disputas estaduais, o PSDB elegeu o governador do Ceará, Ciro Gomes, e o vice-governador do Rio Grande do Sul, João Gilberto Lucas Coelho, além de 67 deputados em 19 estados.
Em setembro de 1991, a 2a Convenção Nacional do PSDB elegeu uma nova Executiva Nacional, presidida por Tasso Jereissati, que iria coordenar um partido mais amplo, com 134 prefeitos, 25 vices e 1.995 vereadores – contra 18 prefeitos e 214 vereadores em 88 – 65 deputados estaduais, 41 federais e nove senadores. A essa altura, o Partido estava organizado em 2.026 dos 4.539 municípios brasileiros, possuindo 1.432 Diretórios e 594 Comissões Provisórias designadas.