O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, foi citado por doleiros em conversas gravadas pela Polícia Federal. Na escuta, um homem identificado apenas como “Fábio” e que, segundo a PF, tem contratos com Russomanno, trata com Alex Antonio Trindade sobre uma quantia de R$ 7 milhões, posses do então deputado federal. Este dinheiro teria parte depositada numa conta no exterior operada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, segundo reportagem publicada pelo Correio Braziliense. Alex é apontado como responsável por realizar depósitos em dólar no exterior para o grupo de Cachoeira. As interceptações, no entanto, não sustentam a relação efetiva do contraventor com Russomanno.
O candidato negou ontem qualquer relação com o caso e afirmou que nem sequer conhece as pessoas citadas no relatório. Após falar a servidores públicos, Russomanno colocou à disposição seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. “Quem não deve, não teme. Vou colocar à disposição da PF o meu sigilo financeiro desde os 18 anos.”
Em Brasília, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno, apresentou ontem um requerimento em que convoca Russomanno para depor na CPI.
O candidato, que está em empate técnico na liderança da disputa municipal com o tucano José Serra, atribuiu a isso o fato de ter virado alvo de acusações que julgou serem “uma pouca vergonha”. “Não se brinca com o nome das pessoas como estão brincando com o meu”, afirmou.
