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Santo André lança programa para modernizar rede de saúde

Após realizar diversas ações de choque de gestão, que já deram retorno em curto prazo, a Prefeitura de Santo André lançou o primeiro programa que vai reestruturar e modernizar todo o sistema de saúde municipal, o Qualisaúde. A partir da próxima terça-feira (1º), duas Unidades de Saúde, do Jardim Irene e a de Utinga, já começarão a receber inovações, enquanto mantêm o atendimento sem interrupção. O programa de qualificação atuará em todas as áreas da rede, tendo como pilares a melhora estrutural, gestão por processos, gestão do cuidado, valorização do trabalhador e valorização do usuários.

“Esse programa é uma iniciativa de muita coragem da nossa gestão, porque é algo muito maior do que qualquer outra coisa que fizemos antes e terá grande impacto. Nos últimos oito anos, a qualidade dos serviços municipais caiu drasticamente e nossos munícipes têm reclamado, e com razão, do que está sendo ofertado a eles e ninguém fez nada para mudar algo que mexe na estrutura de toda uma rede. Eu costumo dizer que é muito fácil inaugurar obras, mas melhorar a vida das pessoas é mais trabalhoso, só que é a razão deste governo e estamos dispostos a fazer isso”, comentou o prefeito de Santo André, Paulo Serra.

Um dos compromissos durante a campanha, a informatização da rede, será contemplada no projeto. A ideia é que até o final deste mandato toda a rede esteja integrada por meio de um sistema. “Caso um usuário passe numa unidade de saúde e venha mudar de endereço, o histórico médico desse paciente não se perderá caso ele seja atendido em outro equipamento, pois tudo estará registrado num prontuário eletrônico”, explicou o prefeito

No início do ano, em uma das vistorias, o chefe do Executivo encontrou o almoxarifado central com material recolhido de uma unidade que não o utilizava. “Isso acontece por que não existe um controle organizado, é tudo manual. Por meio de um sistema, será possível saber quantos itens foram enviados para cada equipamento, quanto ele utiliza por mês e até traçar um perfil dos nossos usuários avaliando comportamentos sazonais, como o aumento pela procura de atendimento em meses de inverno, por conta do tempo seco”, afirmou Paulo Serra. “Com a implantação do sistema, compraremos medicamentos na quantidade certa, sem ter perdas por vencimento da validade ou excessos, automaticamente utilizando melhor os recursos do município e principalmente, evitando que faltem medicamentos nas farmácias”. A ação também recadastrará toda a população para evitar duplicidade de informações. O número atual de usuários cadastrados é de 663.600 pessoas.

Outros sete equipamentos de saúde começarão a receber intervenções estruturais também na próxima semana, porém por conta de comprometimento e necessidade de reforma física, estas unidades permanecerão fechadas até a conclusão das obras. “Vimos que para melhorar esses locais era necessário fechar durante a reforma para evitar justamente situações como a que ocorreu no Pronto Atendimento Bangu, em que o telhado caiu, colocando em risco as pessoas”, concluiu. Os equipamentos são unidades da rede básica dos bairros Campestre, Vila Humaitá, Parques das Nações, Parque Novo Oratório, Bom Pastor, UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jardim Santo André e Centro de Especialidades III.

Todos os usuários referenciados nesses equipamentos serão contatados pela Administração. Além disso, haverá na porta de cada uma das unidades a indicação da alternativa mais próxima para atendimento. A Secrataria da Saúde montou a seguinte estratégia: pacientes da unidade do Parque Novo Oratório serão encaminhados para as unidades da ViIa Lucinda e Jardim Santo Alberto; usuários da unidade do bairro Campestre serão encaminhados para as unidades da Vila Palmares e Centro; os da Vila Humaitá para as unidades do Centreville e São Jorge; do Parque das Nações para as unidades Utinga e Moyses Fucs; do Bom Pastor para as unidades do bairro Paraíso e Valparaíso; os da UPA Jardim Santo André para o Pronto Atendimento da Vila Luzita e os do Centro de Especialidades III para o Centro de Especialidades I. O prazo para conclusão das intervenções não será o mesmo para todos os locais, porém haverá reabertura das unidades entre o primeiro semestre de 2018 até o início de 2019.

A principal proposta da atual gestão é aumentar a cobertura da atenção básica, que atualmente é de 25% na cidade. O projeto é que em quatro anos esse número suba para 85%. A ideia é que a rede básica seja a porta de entrada para atendimento e que o usuário seja orientado sobre qual tipo de serviço deve procurar em cada situação. “Cerca de 70% dos casos de intervenção hospitalar poderiam ter sido evitados se tratados antes na rede básica. Muitos casos antes de virarem urgências, poderiam ter sido controlados caso houvesse acompanhamento, e para isso, vamos capacitar os profissionais e orientar melhor nossos pacientes”, detalhou a secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias.

A média de atendimento diário na unidade do bairro Campestre e Parque das Nações é de 350 pacientes cada, no Parque Novo Oratório de 250 pacientes e na Vila Humaitá de 300. Já na UPA Jardim Santo André, a média diária é de 260 atendimentos por dia. No Centro de Especialidades III, a média diária é de 110 atendimentos. Para manter e atestar a qualidade, os usuários serão convidados a responder pesquisa de satisfação, ferramenta que será permanente na rede. Com isso, as unidades receberão um selo de qualidade de acordo com a avaliação. O programa Qualisaúde terá investimento com recursos próprios, porém não há um valor pré-definido uma vez que ele abarca diversas ações de diferente áreas e que sua implantação se estenderá até 2020.

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