O Estado de São Paulo tem quase 45 milhões de pessoas, segundo o censo do IBGE de 2016. Com números desta magnitude, não é difícil imaginar os desafios do governo paulista para suprir as necessidades de saúde da população.
Saliento que o número de consultas médicas realizadas por ano chega a 77,6 milhões e o de atendimentos ambulatoriais (raio-x, patologia clínica, consultas, entre outros) a 1,1 bilhão de procedimentos. O Estado mantém 55,5 mil leitos hospitalares e 5,3 mil leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em São Paulo, são feitas todos os anos 2,4 milhões de internações e 775 mil cirurgias. Destaco que, do total de internações de alta complexidade realizadas no Brasil, 25% (178 mil) acontecem no Estado de São Paulo. No tratamento oncológico, são feitas 2,6 milhões de sessões de radioterapia (24,6% do total do país) e 736 mil sessões de quimioterapia (25,6%) ao ano. O Estado também concentra 32% do total de transplantes de órgãos realizados no país, o equivalente a 5.676 pacientes transplantados. Entre os exames mais complexos, são feitas anualmente 1,3 milhão de tomografias e 334 mil exames de ressonância magnética.
Esses números oficiais são importantes para mostrar o tamanho da responsabilidade do Governo do Estado, que cada vez mais dispõe de recursos próprios para manter o custeio e ampliar serviços públicos de saúde em detrimento da defasada tabela SUS paga pelo Ministério da Saúde.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde revelam que São Paulo tem uma rede de 93 hospitais estaduais, incluindo alguns considerados como referência no país e no mundo, como o Instituto do Coração (Incor); o Hospital Dante Pazzanese de Cardiologia e o Instituto do Câncer (Icesp). Além disso, mantém com recursos próprios do Tesouro paulista o custeio mensal de 56 Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e 40 farmácias ambulatoriais de alto custo.
Há ainda diversos programas de grande alcance para a população paulista mantidos pelo Estado, como o “Mulheres de Peito”, que faz exames gratuitos de mamografia preventivas do câncer de mama nas unidades fixas e móveis ligadas ao SUS. Como médico mastologista, destaco a importância deste programa que atende mulheres com idade entre 50 e 69 anos e que não precisam apresentar exame médico para fazer o procedimento que pode salvar muitas vidas. As chamadas “Carretas da Mamografia” percorrem as cidades do Estado para ampliar o número de pacientes atendidas. Desde o início do programa, em 2014, já foram realizadas mais de 124 mil mamografias.
Em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Governo do Estado está investindo R$ 826 milhões no setor de saúde este ano, na construção de novos AMEs, clínicas especializadas, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Em nossa querida Bauru, o Estado vai inaugurar um novo Hospital das Clínicas e acrescentar mais 200 leitos à nossa região. Será um hospital-escola vinculado à histórica Faculdade de Medicina da tradicional e conceituada USP, consolidando nossa região como polo de saúde e de educação. Mais uma grande realização do governador Geraldo Alckmin, com importante apoio da reitoria da USP e a maioria de seu Conselho Universitário, além da efetiva parceria da prefeitura de Bauru.
Isto é São Paulo, uma referência nacional e internacional em saúde, mesmo com o subfinanciamento do SUS e com a crescente judicialização do sistema.
Pedro Tobias é médico mastologista e deputado estadual pelo PSDB