Segundo a Dilma, no último dia 27, era “ridículo dizer” que o país corria o risco de racionamento de energia. Já agora a presidente mobiliza o Ministério de Minas e Energia e os órgãos em que atuam governo e iniciativa privada para estudar o quê?. Estudar como evitar o risco de racionamento. E é justamente no momento em que ela deve cumprir o seu compromisso de baixar em 20% as tarifas de energia elétrica, o que aponta para um incentivo maior ao consumo, isto é, em sentido contrário da economia que se deveria ter para evitar o racionamento.
Na realidade já vivemos um racionamento “branco”, uma economia de consumo em face dos preços abusivos que foram cobrados pelo setor no chamado mercado cativo ( nós consumidores que não temos como escolher o fornecedor ), permitido pela ANEEL que deveria ter obrigado as empresas a devolver parte da tarifas que cobraram indevidamente, conforme decisão que foi tomada pelo Tribunal de Contas da União. Além disso as empresas que são grandes consumidoras de energia, que compram no chamado mercado livre, também estão racionando, ou racionalizando, em face do absurdo aumento do preço do megawatt/hora que passou de 12,92 reais em janeiro de 2012 para 554,82 reais em janeiro de 2013. Mais de 40 vezes!!!
Já vimos nos últimos meses diversos apagões por deficiência dos sistemas que não tiveram manutenção adequada. Vimos falta de investimentos, inclusive em sistemas de transmissão, como no caso das usinas eólicas que foram construidas mas não tem como transmitir a energia produzida. Agora é a falta de chuvas e o calor. Esses eventos são cíclicos, até certo ponto previsíveis, e não consta que tivéssemos algum período excepcional, fora de qualquer previsão.
Em resumo, faltou planejamento. Criaram empresas estatais para monitorar e planejar e, mesmo assim, estamos sujeitos a apagões e racionamento. E tudo isso com o crescimento da nossa econômica em ridículo 1%. Imaginem no ano que vem, se realmente o pibão da Dilma se realizar. Se tiver pibão vai ter racionamento. Se tiver racionamento não terá pibão.