Por Mario Covas Neto
Após pouco mais de um mês de gestão do PSDB à frente da administração municipal, mais de 100 empresas, segundo dados divulgados pelo prefeito João Doria em suas redes sociais, fizeram doações para diversos programas da prefeitura.
Exemplos não faltam e cito alguns: dez carros e 20 motocicletas enviados por montadoras para o programa Marginal Segura, a reforma dos 16 banheiros (e manutenção deles pelos próximos quatro anos) e sete quadras do parque do Ibirapuera, os novos uniformes dos agentes da CET, a reforma e iluminação da ponte Estaiada, dez mil câmeras de segurança (a serem instaladas a partir de março), banheiros químicos e itens de higiene para moradores de rua.
Gestão após gestão, sempre reclamou-se (muitas vezes com razão) das altas tributações e da má utilização do dinheiro arrecadado. Pois quando finalmente uma solução para o problema é viabilizada, soa um tanto egoísta reclamar dela.
Doações não são PPPs (parcerias público-privadas) para serem comparadas e julgadas como mais ou menos adequadas. Doação trata-se de uma modalidade livre, com poder de decisão unicamente das empresas e que serve de estímulo para que outras companhias sigam o exemplo das doadoras e também contribuam.
Foi assim no caso das motocicletas, onde empresas que se dispuseram a ajudar a prefeitura levaram seus concorrentes a fazer o mesmo.
A sublinhar: todas as doações são divulgadas de forma absolutamente transparente pela prefeitura e um site específico para reunir informações sobre elas está sendo finalizado.
Tanto nós munícipes quanto a cidade só temos a ganhar com as doações.
Buscar entraves a elas não é fazer oposição, é jogar contra a municipalidade