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SEMINÁRIO – parte II

ATUAL GOVERNO FEDERAL GOSTA MESMO É DE MUNICÍPIOS DEPENDENTES

Os palestrantes lembraram, cada qual à sua maneira, que o governo do PT prega a centralização e, assim, vai minguando o poder local.

O deputado federal Rafael Guerra, tucano que ocupa a 1ª secretaria da Câmara dos Deputados, parodiou o presidente Lula e disse que “nunca antes neste país tivemos tanta centralização”. Para ilustrar sua tese, contou que no nordeste, profissionais da saúde têm abandonado o serviço público por causa dos baixíssimos salários e os hospitais convivem com filas de doentes, enquanto o presidente da República pensa que é “chique” emprestar dinheiro para o Fundo Monetário Internacional – FMI.

A senadora Marisa Serrano, vice-presidente nacional do PSDB, lembrou que o Brasil há muitas décadas vem acumulando a força representada pelos municípios e que é preciso, agora, tomar muito cuidado com a desconstrução da visão municipalista que vem ocorrendo na era Lula. “Não vejo neste governo a preocupação para que os municípios sejam auto-sustentáveis”, afirmou a senadora.

Rodrigo de Castro, deputado federal e secretário-geral do PSDB,colocou a questão da merenda escolar como um exemplo do desequilíbrio nas relações entre o governo federal e os municípios.

Enquanto o governo federal participa com R$ 0,22 centavos por merenda, o município participa com R$ 1,00. Na saúde, segundo o deputado, o problema é ainda mais grave, já que o governo federal não cumpre a sua parte no atendimento à população e esta recorre aos serviços municipais. “Os doentes batem nas portas dos prefeitos”, disse o secretário-geral do PSDB, para quem o PT, partido que está no comando do país, “tem muita energia para propaganda e pouca energia para ações”.

Também faz parte da cartilha da centralização colocada em prática no governo federal pelo PT a cobrança indevida de responsabilidades dos prefeitos. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, relatou que o presidente Lula disse, em Pernambuco, que prefeitos são culpados pela crise que mina a força dos municípios. Para Freire, no entanto, a culpa é do governo federal, que não fez nenhum diagnóstico da crise, não preparou a sociedade e hoje todos estão sofrendo as consequências de sua omissão. “Este governo foi um grande timoneiro na bonança e é um capitão sem rumo nesta época de crise”, resumiu.

POLÍTICA PARTIDÁRIA E 2010

Uma reunião com centenas de prefeitos, deputados, senadores, vereadores, lideranças partidárias evidentemente não deixaria de lado o tema das eleições de 2010.

Leonel Pavan, o vice-governador de Santa Catarina, fez questão de frisar que o PSDB tem que se orgulhar de ter os dois melhores nomes para disputar a sucessão presidencial: Serra e Aécio. Pavan também pediu para o partido se voltar para o interior, fazer mais filiações, politizar seus militantes. “A formação do partido compete a quem tem mandato, não podemos nos acomodar em nossos mandatos”, discursou.

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