A presidente Dilma vem a Ribeirão inaugurar o etanolduto. Deve, como tem feito, dizer que nunca se fez tanto e que está tudo às mil maravilhas.
Só discurso não resolve. O setor sucroenergético há tempos espera por uma política de médio e longo prazo, que estimule os biocombustíveis.
Até agora, nada. E isso interessa e muito para Ribeirão e região, maior polo de produção de combustíveis renováveis do mundo.
Sem isso, a janela de oportunidades aberta para o etanol brasileiro pode ser fechada. E iremos também retroagir no aspecto ambiental.
A presidente também deve dizer que a economia vai crescer, que a inflação está caindo, que o Mais Médicos é um sucesso.
A realidade é que a inflação em 12 meses é de 6,27%. Altíssima. E crescer mais do que os medíocres 0,9% de 2012 é o mínimo que se espera.
O governo da presidente Dilma tenta revolver os problemas da saúde, uma das principais reivindicações das ruas, com ações de marketing.
O Mais Médicos é mais um programa para efeito de propaganda. Em vez disso, por que a presidente não reajustou tabela SUS?
Os investimentos federais na saúde vêm caindo ano a ano. Em 2002, a União participava com 52,1% dos recursos. Em 2011, passou a 44,3%.
E além do descaso federal, o cidadão, que procura um posto de saúde, ainda pode ser vítima da falta de gestão do setor. Coisa que Ribeirão conhece bem.
