Estão previstos recursos de R$ 11,2 mi; em empreendimentos em todo o Estado já foram investidos mais de R$ 77 mi
O governador Geraldo Alckmin lançou nesta quarta-feira, 15, o edital de licitação para obras no Parque Tecnológico de Ribeirão Preto. A intervenção prevê a construção dos dois blocos de edifícios, correspondentes ao Centro de Desenvolvimento e Inovação Aplicada em Equipamentos Médico-Hospitalares e Odontológicos (CEDIMA) e à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (SUPERA).
“O parque é dentro do campus da USP, é um dos maiores campi da universidade, com 5,6 milhões de m². Então não há dúvida de que ele vai atrair muitas empresas para fazer pesquisa, inovação e crescer em Ribeirão Preto, além de dar oportunidade às pequenas empresas, através da incubadora”, afirmou o governador.
O total de investimentos previstos é de R$ 11,2 milhões. Esses recursos provêm da SDECT e USP. A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto ficará responsável pela infraestrutura de acesso, água, esgoto e outros serviços públicos. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paulo Alexandre Barbosa e o reitor da Universidade de São Paulo (USP), João Grandino Rodas, também participaram do evento.
Sobre o Parque Tecnológico de Ribeirão Preto
A vocação é direcionada a equipamentos médico-hospitalares, biotecnologia, fármacos, cosméticos, bioenergia e tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ele é instalado em um terreno de 300 mil m² dentro do campus da USP – que compreende uma área total de 5 milhões de m², no bairro Monte Alegre.
“As empresas que forem para o parque tecnológico terão incentivo de crédito, incentivo fiscal, de retirada de carga tributária, e utilização de créditos de ICMS para os investimentos. A vocação do parque tecnológico de Ribeirão será voltada à biotecnologia, às indústrias farmacêutica, química, de medicamentos, hospitalar, odontológica, médica, além da área de tecnologia de informação e comunicação, enfim, um leque muito grande”, enumerou o governador.
Entre os objetivos da iniciativa estão: o fortalecimento da indústria local de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos (EMHO); a atração de empresas e o estímulo ao surgimento de start ups, na área de Biotecnologia; o fortalecimento das indústrias locais e outras relacionadas às áreas de pesquisa das universidades e institutos da região; o incentivo para a criação de novas empresas de base tecnológica; o fornecimento de soluções científicas e tecnológicas nas áreas de Saúde, Biotecnologia e TIC e promoção do crescimento do setor produtivo local e do desenvolvimento econômico regional.
Além do núcleo administrativo, centro empresarial, escola de formação tecnológica, laboratórios da Usp e de outras universidades da região, o Parque contará com três espaços prioritários. Entre eles: Centro de Desenvolvimento e Inovação Aplicada em Equipamentos Médico-Hospitalares e Odontológicos (CEDINA) – oferecerá infraestrutura, serviços técnicos, tecnológicos e de capacitação específicos para áreas de equipamentos médico-hospitalares (incluindo certificação), biotecnologia, fármacos, medicamentos e cosméticos, o que o torna único no Brasil.
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (SUPERA) visa a criação, desenvolvimento e aprimoramento de micro e pequenas empresas de base tecnológica, desde a prospecção de projetos até a graduação de negócios. A incubadora recebeu da ANPROTEC o prêmio pelo Melhor Projeto de Promoção da Cultura do Empreendedorismo Inovador de 2007 e o prêmio de Melhor Incubadora do Sudeste em 2010.
Para a instalação de empresas, será cedida área por instrumento contratual, a título oneroso e por prazo determinado.
Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec)
Criado em 2003, o SPTec oferece apoio e suporte aos parques tecnológicos, com o objetivo de atrair investimentos e gerar novas empresas intensivas em conhecimento ou de base tecnológica, que promovam o desenvolvimento econômico, científico e sustentável do Estado. De 2003 a 2010, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT) repassou mais de R$ 53 milhões na realização de obras e estudos para a implantação de parques tecnológicos. Em 2011, os cinco convênios firmados totalizaram mais de R$ 24,3 milhões.
No Estado de São Paulo existem 30 iniciativas para implantação de Parques tecnológicos. Dessas 11 em discussão e 19 já credenciadas no SPTec, sendo uma com credenciamento definitivo: Parque Tecnológico de São José dos Campos e outras 18 com credenciamento provisório: Araçatuba, Barretos, Botucatu, Campinas (três iniciativas: Polo de Pesquisa e Inovação da Unicamp, CPqD e CTI-TEC), Ilha Solteira, Mackenzie-Tamboré, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, ParqTec São Carlos, EcoTecnológico Damha São Carlos , São José do Rio Preto, São Paulo (duas iniciativas: Jaguaré e Zona Leste) e Sorocaba.
Como fazer parte do SPTec
Para a obtenção do credenciamento provisório no sistema, o interessado (prefeitura ou entidade gestora) deve enviar a SDCET: comprovação de propriedade de uma área de no mínimo 200 mil m²; documento manifestando o apoio à implantação do parque subscrito por empresas locais, bem como centros e instituições de ensino e pesquisa; apresentação de projeto básico do empreendimento, contendo o esboço do projeto urbanístico e estudos prévios de viabilidade econômica, financeira e técnico-científica e a apresentação de requerimento por parte da pessoa jurídica justificando o pleito. Após a aprovação dos documentos, o credenciamento é efetuado por meio de uma resolução válida por dois anos.
Da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
Do Portal do Governo do Estado de São Paulo
Foto: Gilberto Marques