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Sucessão de péssimos negócios na Petrobras justifica instalação imediata da CPI, diz Nogueira

Enquanto o Planalto trabalha para enterrar investigações da CPI da Petrobras no Congresso, não param de surgir informações sobre maus negócios feitos pela empresa. Ao comprar 50% da refinaria de Pasadena em 2006, por exemplo, a estatal pagou US$ 170 milhões pelos estoques da unidade, enquanto eles valiam, na mesma época, apenas US$ 6,1 milhões, segundo avaliação da BDO Seidman. Na avaliação do deputado Duarte Nogueira (SP), as sucessivas denúncias envolvendo a estatal apenas reforçam a necessidade da instalação imediata da CPI.

Isso é mais uma razão que se soma a várias outras para se passar a limpo a Petrobras. E o único instrumento que a sociedade tem neste momento para fazer essa tarefa em defesa do Brasil é a CPI, que o governo por uma razão muito clara não quer que se realize: ele quer encobrir todas essas mazelas e irregularidades que estão acontecendo na Petrobras”, afirmou nesta quinta-feira (3). Ao longo desta semana a base aliada a Dilma, sob orientação do Palácio do Planalto, agiu para melar a CPI da Petrobras ao incluir temas que não tem nada a ver com os desmandos na principal estatal brasileira.

Estoque superfaturado
A BDO Seidman foi contratada pela estatal brasileira para analisar a oportunidade de investimento da refinaria de Pasadena. Segundo relatório da consultoria, os estoques da unidade custavam US$ 22,5 milhões quando a Astra Oil comprou a refinaria, em janeiro de 2005. Já em 31 de dezembro daquele ano, os estoques haviam caído para US$ 6,1 milhões. “Isso significa que a refinaria está operando em capacidade menor?”, questiona a BDO Seidman, entre cerca de 40 críticas ou recomendações sobre a documentação analisada. Conforme destaca reportagem do “Estado de S. Paulo”, a Petrobras já pretendia pagar US$ 170 milhões pelos estoques antes do relatório.

O requerimento apresentado na quarta-feira (3) pela oposição para criar a CPI Mista da Petrobras também pede apuração de indícios de superfaturamento na construção de refinarias, de irregularidades em plataformas, além da suspeita de que a empresa holandesa SBM Offshore pagou propina a funcionários da estatal.

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