Início Saiu na imprensa Supremo ouve defesa de pessoas ligadas ao empresário Marcos Valério

Supremo ouve defesa de pessoas ligadas ao empresário Marcos Valério

A defesa de quatro pessoas ligadas ao empresário Marcos Valério, acusado de operar o suposto esquema de pagamento de compra de votos no Congresso, será ouvida no quarto dia do julgamento do mensalão, nesta terça-feira, 7. O advogado de uma ex-dirigente do banco Rural, que teria emprestado parte dos recursos ao PT e a Marcos Valério, também apresentará sua defesa. A sessão está prevista para começar às 14h e será transmitida ao vivo pela TV Estadão.
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Além de assistir pela página da TV Estadão, o internauta pode conferir informações também pelo perfil do Twitter (@EstadaoPolitica) e do Facebook (facebook.com/politicaestadao). O portal conta com o apoio de especialistas da escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Direito GV, que durante as sessões vão explicar a linguagem e argumentação jurídica usada pelos ministros e advogados durante as sessões.

As quatro pessoas ligadas a Marcos Valério são Cristiano Paz, sócio do empresário; Rogério Tolentino, advogado; Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira de empresas de Marcos Valério; e Geiza Dias, também funcionária do empresário. Contra eles, de acordo com a Procuradoria, pesam acusações de participação na montagem do esquema ou na distribuição de dinheiro. Em linhas gerais, a defesa dos quatro vai sustentar que os empréstimos realizados eram regulares e que não havia compra de apoio de parlamentares. No caso de Simone e Geiza, a defesa argumentará ainda que as funcionárias apenas cumpriam ordens de Marcos Valério.

Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, também deve afirmar que os empréstimos eram regulares. A Procuradoria afirma que Kátia negociava os empréstimos que alimentaram o esquema para depois tentar obter vantagens na liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco.

Primeiro dia da defesa. Nessa segunda-feira, 6, primeiro dia da apresentação das defesa dos 38 réus, foram à tribuna os advogados de José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério e Ramon Hollerbach. As defesas de Delúbio Soares e de Marcos Valério negaram o mensalão, mas admitiram o uso de caixa 2 para campanha eleitoral.

A defesa do ex-ministro e de Delúbio, ambos acusados de corrupção ativa e formação de quadrilha, negaram que houve compra de votos no Congresso. Os advogados procuraram derrubar o que o Ministério Público considera provas e lembrou a ausência de depoimentos que confirmem a existência da prática de compra de apoio político.

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