A possibilidade de o governo federal privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gerado preocupação na comunidade acadêmica. No artigo “Dilma vai acabar com o SUS?”, publicado nesta terça-feira (5) no jornal Folha de S. Paulo, os professores universitários Ligia Bahia (UFRJ), Luis Eugênio Portela (UFBA) e Mário Scheffer (USP), afirmam que a proposta do governo federal para baratear os custos dos planos de saúde colaborará para a proliferação de serviços de baixa qualidade, sem fiscalização e que, em última instância, não desonerarão os cofres públicos – já que os atendimentos mais complexos seriam repassados ao Sistema.
“A ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar] não consegue cumprir o seu papel. Isso ocorre porque, a exemplo de outras, a ANS foi aparelhada pelo PT, que preferiu colocar pessoas lá por conta de sua filiação partidária, e não pela competência técnica”, disse o deputado federal César Colnago (PSDB-ES), que endossa a crítica dos professores.
Médico, especializado em Saúde Comunitária, Colnago afirma que expansão desenfreada de planos de saúde sem fiscalização adequada não trará benefícios à população. Explica que há uma série de planos de saúde que não oferecem serviços de qualidade e que não são devidamente punidos.Para o tucano, a gestão do PT para o SUS é frágil e resulta em um colapso do setor, um dos mais criticados pela população: apenas 25% dos brasileiros aprovam a saúde pública, de acordo com pesquisa divulgada pelo Ibope em setembro de 2012.
Leia AQUI o texto de Ligia Bahia, Luis Eugênio Portela e Mário Scheffer, e AQUI reportagem do jornal Folha de S. Paulo que relata a proposta de expansão dos planos de saúde planejada por Dilma Rousseff.