O líder da Oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), rechaçou nesta terça-feira (8) a insistência do governo Dilma de elevar tributos para conseguir fechar as contas no próximo ano.
Depois de ver o plano de recriar a CPMF ser frustrado diante da indignação do Congresso e da sociedade, a equipe econômica da presidente avalia aumentar a carga tributária por meio de decreto. Araújo criticou a ideia e disse que, no Parlamento, toda forma de nova tributação deverá ser rejeitada.
Para o deputado, o governo do PT prefere massacrar o contribuinte no lugar de cortar na própria carne. “A presidente da República escolheu o caminho mais curto, que é colocar a mão no bolso do contribuinte. Em vez de trabalhar para reduzir o déficit do orçamento apresentado pelo seu governo, ela resolve aumentar impostos”, criticou, ao lembrar que o governo estuda elevar as alíquotas de tributos que não precisam de aprovação do Congresso Nacional, como Cide, IPI e IOF, visando reduzir o rombo no Orçamento da União, oficialmente de R$ 30 bilhões.
Como explica, esses tributos dependem apenas da “caneta” da presidente da presidente e não necessitam de passar pelo crivo de deputados e senadores. As mudanças nas alíquotas podem ser feitas por meio de decreto presidencial.
O tucano afirma que essa alternativa tem sido pensada porque o governo sabe que não há possibilidade de aprovar aumentos via Congresso. “Provavelmente o Congresso não autorizaria. Pelo menos a oposição fará um enfrentamento muito firme a isso. Todos que dependerem do Congresso vão ter resistência”, alertou.
Corte de gastos – Quanto à decisão de elevar a tributação por conta própria, por meio de decreto, Bruno afirma que seria uma medida covarde e mais uma mentira de Dilma, que prometeu não aumentar impostos durante a campanha eleitoral. Em sua avaliação, antes de fazer algo assim, o governo deveria apresentar ao país um grande plano de redução de despesas públicas.
“Em relação a esses tributos, pouco podemos fazer no Congresso. Mas, a população pode se indignar e nós continuaremos a cobrar um plano firme de cortes de despesas. Esse orçamento apresentado é uma demonstração da incompetência do governo em fazer usa parte”, apontou.
Em discurso no plenário da Câmara, o deputado Jutahy Junior (BA) também descartou a hipótese de novos tributos.
“O PSDB não deve votar nenhum aumento de imposto, nada. Não é justo que a sociedade pague a conta da campanha da presidente Dilma e por aquilo que ela fez com o Brasil. A conta é do PT, do lulo-petismo e da presidente. Ela que se responsabilize e comece cortando na carne”, alertou o deputado Jutahy.
