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Thame condena “chantagem” de Lula sobre suposto pedido para adiamento de julgamento

Da tribuna, o líder da Minoria, Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), ressaltou a gravidade do episódio envolvendo o ex-presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. De acordo com ele, a CPI do Cachoeira foi usada como “moeda de troca” pelo petista, que teria pressionado Mendes para adiar o julgamento do mensalão. Em troca, o ex-presidente lhe ofereceria proteção na CPI, conforme reportagem da revista “Veja”. Para ele, a suposta tentativa de Lula de interferir no Judiciário atinge a democracia no país.

“Nos últimos dias, tomamos conhecimento de um episódio insólito e dos mais graves, porque ele atinge o coração do sistema democrático, que é a independência dos poderes. Para que tenhamos, de fato, democracia há pressupostos e um deles é que nenhum poder seja absoluto”, afirmou em plenário nesta quarta-feira (30).

Na opinião do deputado, o caso não é apenas pressão ou assédio, mas chantagem. “A chantagem de um ex-presidente da República tentando aliciar um ministro do Supremo para que não realizassem o julgamento de um caso de corrupção que lhe interessava, porque tal caso de corrupção ocorrera no seu mandato. Esse é um fato de extrema gravidade”, afirmou.

Mendes Thame recordou que a oposição encaminhou representação à Procuradoria-Geral da República para investigar o caso na última segunda-feira (28). O tucano ressaltou que os parlamentares receberam a resposta menos de 24 horas depois, quando o documento foi remetido à Justiça Comum de Brasília, já que Lula não tem mais foro privilegiado.

O líder da Minoria destacou que o julgamento do mensalão está em fase final. O deputado lembrou as reiteradas negativas do ex-presidente sobre o escândalo de corrupção que atingiu a gestão do petista. “Ele tenta negar aquilo que não dá para apagar da memória de todos os brasileiros e que vai ficar como marca do seu governo: o mensalão. Essa tentativa de fazer com que a corrupção fosse sistêmica, espalhando-se por todos os recantos do Executivo, passasse a ser a regra e não uma exceção, a ser combatida com todas as nossas forças”, avaliou.

Por fim, Mendes Thame criticou o silêncio da presidente Dilma sobre a questão. Segundo o tucano, a petista tenta se afastar do “período de tamanha corrupção”, e “tirar da memória dos brasileiros que ela era a ministra da Casa Civil na época”.

Portal do PSDB na Câmara

 

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