O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), classificou como imoral a atitude do ex-presidente Lula de acompanhar empreendimentos de empresas brasileiras na Costa Rica e Panamá. As construtoras OAS e Odebrecht são alvo de investigações por irregularidades em obras nesses países.
“Essas viagens [de Lula], eu não tenho dúvida que são imorais, inapropriadas para o cargo de um ex-presidente da República. Ele parece nao ter clareza sobre o papel e a responsabilidade que exerce.”
Ainda de acordo com Sampaio, essa prática é um “modus operandi” do PT: confunde o público com o privado.
O parlamentar considerou também grave o fato do governo da presidente Dilma dar suporte, com a disposição de funcionários do Itamaraty no exterior, a esses eventos.
Terceiros – Para o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), o PT usa o Estado em benefício de terceiros.
“É lamentável, uma postura patrimonalista, com o agenciamento de interesses privados”, completou Macris.
Nesta segunda-feira (22), a edição da Folha de S. Paulo traz a notícia de que o Ministério Público da Costa Rica investigará a OAS por suspeitas de tráfico de influência, enriquecimento e associação ilícitos.
Segundo o jornal, a OAS recebeu a concessão após viagem de Lula em agosto de 2011, paga pela empreiteira.
Trecho da reportagem diz que “naquele momento, a empresa tentava entrar no mercado local, mas a imprensa questionou o papel do ex-presidente nas negociações.
Meses depois, o governo anunciou a concessão. Como a Folha revelou, empreiteiras bancaram viagens para quase metade dos países visitados por Lula depois que ele deixou o Planalto.”