Início Bancada Tucanos pedem explicações de ministros sobre gastos excessivos com estádios da Copa

Tucanos pedem explicações de ministros sobre gastos excessivos com estádios da Copa

Os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (SP) eAntonio Imbassahy (BA) apresentaram nessa terça-feira (25) dois requerimentos solicitando informações dos ministros do Esporte e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sobre os gastos com as reformas e construções dos estádios destinados à Copa do Mundo de 2014.

Eles querem que os chefes das pastas encaminhem a relação nominal dos empreendedores, empreiteiras e consórcios vencedores responsáveis pelas reformas e construções dos estádios das capitais que sediarão o evento. Entre elas estão os estádios Mineirão, em Belo Horizonte (MG); Mané Garrincha, em Brasília (DF); Castelão, em Fortaleza (CE); Arena da Amazônia, em Manaus (AM); e Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

Para os tucanos os ministros devem apresentar cópias dos contratos assinados entre o BNDES com as construtoras e condições financeiras como taxas, prazos e garantias firmados; quais os benefícios fiscais e volume em dinheiro conforme a Unidade Federal e pelos governos estaduais onde há empreendimentos para o evento de 2014, bem como as garantias e seguros oferecidos pelos investidores envolvidos nas obras.

Segundo os parlamentares, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, anunciou incentivos fiscais para a construção e remodelação de estádios e arenas, sendo noticiado pelo Ministério da Fazenda que a concessão seria de isenção fiscal para os estádios da Copa, que não pagariam o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação (II) ou contribuições sociais (PIS/COFINS).

Para Mendes Thame o aceleramento das obras nos estados foi financiado pelo BNDES, que abriu uma linha de crédito para atender as exigências da Fifa. E, nos últimos meses, a mídia vem publicando gastos excessivos na reforma de 12 estádios. “Por exemplo, o Estádio Nacional Mané Garrincha (foto) custou quase R$ 1,8 bilhão: é o segundo que mais consumiu verbas estatais na história”, afirmou.

O Tribunal de Contas do Distrito Federal divulgou que as obras de reforma, ampliação e entorno do Mané saíram por R$ 1,778 bilhão, o que faz o estádio ficar cerca de 50% mais caro que o Maracanã, atualmente orçado em R$ 1,2 bilhão.

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