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Tucanos questionam presidente da Petrobras sobre investimentos e irregularidades

A má gestão empreendida pela diretoria anterior, os prejuízos verificados nos últimos anos, as irregularidades em obras de refinarias, o aparelhamento e outros problemas foram destacados pelos senadores tucanos durante audiência pública das Comissões de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos, nesta terça-feira (11/09), com a presença da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Na audiência presidida pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), em parceria com o presidente da CAE, Delcídio Amaral (PT-MS), o Líder do PSDB, Alvaro Dias, questionou a presidente da Petrobras a respeito dos prejuízos que a gestão anterior da empresa causou à estatal.

Em seus questionamentos dirigidos à presidente da Petrobras, o Líder do PSDB lembrou que os problemas da direção anterior levaram o PSDB a ingressar com 16 representações na Procuradoria Geral da República reivindicando investigações sobre irregularidades na empresa. Segundo Alvaro Dias, os problemas vão do aparelhamento de cargos até o superfaturamento de obras, como das refinarias de Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, na cidade de Araucárias, no Paraná.

“Os problemas na Petrobras justificaram a instalação de uma CPI no Senado, que chegou a identificar um superfaturamento de mais de R$ 2 bilhões nas obras da empresa. Infelizmente, a CPI não foi bem sucedida devido ao esforço monumental da maioria governista para impedir o aprofundamento das investigações”, disse o Líder do PSDB, que também questionou a presidente da Petrobras se tanto ela como a presidente Dilma não sabiam dos problemas que a estatal enfrentava.

Política para o etanol

Durante a discussão da apresentação do plano de negócios da Petrobras, o senador Cyro Miranda (PSDB/GO), além de parabenizar o estilo de trabalho adotado na Petrobras pela presidente Maria das Graças Foster, cobrou explicações sobre a política de investimento da empresa para o uso do etanol. “O trabalho que ela está realizando na Petrobras dá uma transparência ainda maior para a empresa. Há uma grande tendência de mudança na empresa para que o corpo profissional seja mais técnico do que político e essa é uma estratégia crucial”, afirmou Cyro.

Cyro fez questionamentos a Graça Foster sobre a política de investimentos da Petrobras na produção do etanol e também mostrou preocupação ao comentar a escolha da empresa em optar por investir em refinarias de diesel, em detrimento de refinarias para a gasolina.

“Diante da atual falta de competitividade do etanol no mercado nacional, haja vista os altos preços do combustível da cana, o consumo da gasolina não para de aumentar. De janeiro de 2010 até os dias atuais esse consumo cresceu mais de 10 vezes, sendo que, só de 2011 para 2012, o consumo dobrou. É por isso que precisamos saber qual a política que se pretende instituir para fazer face a esse aumento exponencial no consumo da gasolina? Até quando continuaremos a comprar gasolina cara no exterior e a vender barata no Brasil?”, questionou.

Na avaliação de Cyro, não se pode deixar de considerar que a atual política governamental para o setor petrolífero configura inegável prática de dumping face o etanol. “Se atendendo a um apelo do sócio majoritário da empresa que é o governo, prejudica-se os sócios minoritários, que arcam com preços mais altos pagos externamente pelo produto, posteriormente vendido no mercado interno a preços baixos. É aquele velho provérbio: fazer cortesia com o chapéu alheio”, afirmou.

Investimentos em Goiás

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) destacou a transparência com que Graça Foster tem conduzido a gestão da estatal petrolífera, apesar dos resultados da Petrobras terem decepcionado investidores e o mercado financeiro. Lúcia questionou a presidente da Petrobras a respeito da política de investimentos da empresa para o etanol, e qual são os planos para o Estado de Goiás.

 

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