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Uma péssima virada do PT

A Virada Cultural foi criada para ser um evento bonito, cheio de coisas legais, onde gente se cruza por ai, pelos cantos da cidade em busca de horas de divertimento, na busca incessante por felicidade. Bem, era pra ser isso, mas não deu! Pelo menos dessa vez, a primeira Virada do PT não foi bem assim.

Eles continuaram um projeto do PSDB que deu super certo, porque não tinham desculpa para acabar, mas fizeram ao jeito deles, é claro. Aparelharam os companheiros, principalmente os artistas companheiros, juntaram tudo no centro, praticamente um palco do lado do outro, para justificar a contratação de muitos palquinhos e gastar mais.

Eles esqueceram a essência do evento. Se esqueceram que a Virada é um evento importante para a juventude dessa cidade tão grande e para os jovens e aqueles que nem são mais tão jovens – daqui e da Grande São Paulo.

Essa bagunçada Virada mostra a real preocupação da administração do PT com a população que não tem dinheiro para investir em cultura, que precisa pegar o ônibus, o metrô  e o trem para chegar ao centro e que, devido aos valores mais baixos, acaba consumindo dos ambulantes – também nada fiscalizados – e que esse ano voltaram com tudo a vender o ‘vinho químico’, um produto altamente nocivo.

Claro que a Virada ainda teve um balanço péssimo: orçamento de mais de R$ 10 milhões para uma série de arrastões, um jovem de 19 anos baleado ao reagir a um assalto e 28 pessoas presas pela polícia. Sem contar 9 adolescentes e tantos outros casos que ainda estão entrando na contabilidade do evento.

A Juventude do PSDB quer que os jovens de toda cidade tenham motivos para ir à Virada, que eles tenham partes do evento perto deles, da realidade deles. E mais: quer que a virada seja um instrumento de inclusão cultural, de inclusão social, como o PSDB idealizou lá atrás.

Igor Cunha é presidente da Juventude Municipal do PSDB-SP 

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