“O maior tributo que o pobre paga é a inflação. Ninguém sofre tanto quanto ele: o assalariado”.
A declaração é do deputado federal Vaz de Lima (PSDB-SP), ao comentar a elevação dos índices inflacionários nos últimos meses.
A alta dos alimentos, aliada à queda nas vendas, tem provocado uma briga acirrada entre o setor varejista e a indústria, que quer repassar às redes de supermercados os aumentos acumulados nos últimos dois anos.
Matéria do jornal O Globo diz que, segundo fontes do setor, empresas como Nestlé e Unilever já propuseram correções entre 10% e 20%. Em alguns casos, a falta de acordo já tem provocado a falta temporária de produtos nas prateleiras.
Para Vaz de Lima, integrante da comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o governo do PT, que foi contra o Plano Real, de estabilização econômica, está agindo achando que a inflação não faz efeito na vida das pessoas.
“Está preocupado em tentar ganhar as eleições do ano que vem, gastando o que o país acumulou de reserva durante esse tempo”, disse o tucano.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação subiu 0,55% em abril e, nos últimos 12 meses, acumula alta de 6,49%.
Nesse período, dos 365 itens que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais da metade subiu acima da inflação, e quase 40% registraram aumentos superiores a 9%, de acordo com cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fenômeno generalizado – Em reportagem desta quinta-feira (9) veiculada no Jornal Nacional, da TV Globo, economistas avaliaram a inflação como um “fenômeno generalizado”, que atinge todos os setores.
“Só o governo não quer ver que há uma onda inflacionária, a Dilma e o ministro. Estão achando que é só uma marolinha. Isso, é claro, vai gerar mais problemas”, concluiu Vaz.
