No sexto dia de julgamento, os advogados seguiram com as suas sustentações orais. Com termos mais técnicos e jurídicos, eles se dedicaram a criticar a argumentação da denúncia. Veja as principais frases citadas na sessão desta quinta-feira, 9.
“É muito importante que essa Corte mantenha a tradição de fixar os conceitos do Estado Democrático de Direito” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Enivaldo Quadrado não ampliou o risco para que houvesse o resultado. A conduta dele é a corriqueira para o mercado financeiro. É a ação neutra” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“O que a imputação almeja é exigir algo que não é razoável” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Não havia como identificar que existia crime de lavagem de dinheiro ou corrupção. A acusação não respeitou os dados econômicos” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Ninguém poderia evitar o que aconteceu” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Não vou dizer que é impossível a lavagem de dinheiro. Há um problema de causalidade. Quando esse dinheiro chega ele chega com a aparência de legítimo” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Algumas versões nos autos são como personagens do teatro do absurdo Gionesco” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“O mercado financeiro funciona com um princípio jurídico: o da confiança” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Surgiu uma expressão nova que nunca se ouviu falar: indícios suficientes de materialidade. Indício é uma categoria no que se refere à autoria. Para acomodar, se escreveu que seria suficinte indícios do crime antecedente” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Para a defesa o espetáculo midiático é a pior coisa” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Estamos a tratar de um valor extraordinário: a liberdade” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Não desrespeita o Estado somente quem mente, mas também quem oculta” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Tenho que estar ao lado do procurador-geral. Se vê um desrespeito ao Estado” – Antonio Sérgio Pitombo advogado de Enivaldo Quadrado.
“Vejam senhores ministros que em suas alegações finais o procurador pediu a absolvição de Antonio Lamas, que em muito se assemelha à situação de João Cláudio Genu” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“100% dos valores recebidos por ele, foram feitos via transferência” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“A postura da acusação é sintomática ao não revelar nada sobre o defendente” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“Como caracterizar a lavagem de dinheiro se o suposto crime antecedente não é narrado como anterior?” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“Essa acusação chega às raias do absurdo”, sobre o fato de João Claúdio ter usado empresas para o saque dos recursos – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“Ele fazia assessoramento, mas nunca como articulador político” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“O mero mensageiro não pode ser acusado de quem atua com dolo” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“A denúncia mais parecia com areia movediça” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“A lógica da acusação parece muito clara. Ele não poderia ficar de fora porque o procurador não poderia acusar os deputados do PP. Para se acusar a prática de quadrilha, seria necessário mais de 3. O João Claúdio seria a quarta pessoa” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“Ficou provado nos autos e João Claudio era um mero assessor e ficou provado que ele era mensageiro” – Maurício Maranhão de Oliveira advogado de João Claudio de Carvalho Genu.
“O MP talvez não esteja a entender a real função de líder de bancada e imputa a Pedro Henry e ao tesoureiro o comando do PP” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Ele é processado pela única e exclusiva razão por ter sido naquela época líder de bancada do PP” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“A quadrilha só é considerada crime quando é composta para fins de crime” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Não foi um sistema de lavagem de dinheiro. O procurador quis tornar um dinheiro limpo em dinheiro sujo” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Esse tribunal é redundante nesse entendimento e eu peço vênia para ler um voto elaborado pelo decano Celso de Mello: Não custa enfatizar por isso mesmo, que nenhuma condenação penal se presume culpada” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Pedro Henry não recebeu para si ou para qualquer outro vantagem. Ele não tinha qualquer influência nos pagamentos do partido” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Não houve qualquer compra de voto. Isso se percebe pelas reformas, que só foram aprovadas porque a oposição votou com o governo” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“No afã de ver a sua estória, o procurador modificou a denúncia” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Mesmo quando o procurador fazia questionamentos fantasiosos, fazia de forma parcial” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“O PP sempre foi favorável à reforma tributária, desde o governo FHC. Por que ele teria recebido para votar a favor?” – José Antonio Duarte Alvares advogado de Pedro Henry.
“Está provado que o PP não recebeu para votar alinhado com o governo. Está provado que não existiu o mensalão” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“Pedro Corrêa não votou, não compareceu à votação da reforma tributária” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“FHC foi questionado se seria coerente o PP votar como votou no seu governo e como votou no governo Lula e ele respondeu que sim” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“Se houve incoerência política foi do PT. O partido não precisava de recursos para votar como sempre votou” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“Simone (Vasconcelos) recebeu os recursos e pode até ter ficado com os recursos para si” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“O MP deixou de denunciar 17 pessoas” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“O MP não acredita na lista recebida por Marcos Valério” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“A transferência entre as empresa Bonus-banval e Natimar realmente ocorreu. Eram em cumprimento a um acordo de campanha política em 2004. Todas foram transferidas para pessoas ligadas a política no Paraná” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“A defesa propõe trazer um novo foco, uma nova visão e mostrar a inexistência do chamado mensalão” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
“Aqui se inicia a real discussão do mensalão” – Marcelo Leal advogado de Pedro Corrêa.
”É um ilusionismo jurídico. Não há nada aqui que incrimine Pizzolato” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“Por que o meu cliente pagaria milhões a Marcos Valério?” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“Henrique Pizzolato não detinha os poderes para determinar os pagamentos” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“Não há parte pertencente a nenhum banco. Há um rateio de cotas. Isso não foi contestado pelo Ministério Público” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“Não havia nenhuma relação de Henrique Pizzolato com o Visanet” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“O MP altera a sua acusação a todo o minuto” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“É ingênuo imaginar que um banco do porte do BB tivesse uma administração simples, sem critério” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.
“O MP fez na denúncia ilusionismo jurídico” – Marthius Sávio Cavalcante Lobato advogado de Henrique Pizzolato.