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IBGE e Conab estimam queda na safra de grãos

Fonte: O Estado de São Paulo

Para IBGE, safra deve ser 1,5% menor em 2012; Conab prevê a produção brasileira de grãos 3,1% menor

RIO – A safra brasileira de grãos em 2012 deve ser 1,5% menor do que a safra recorde de 2011 (159,9 milhões de toneladas) segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 está estimada em 157,5 milhões de toneladas.

A projeção de produção anunciada hoje é 0,8 % inferior ao prognóstico da safra 2012 de janeiro (158,7 milhões de toneladas).

A área a ser colhida em 2012 deve somar 50,3 milhões de hectares, um aumento de 3,4% em relação à área em 2011. Esta área é recorde para a pesquisa, cuja série histórica inicia em 1975.

Em fevereiro, o IBGE apurou aumentos nas estimativas de produção para 2012 ante o desempenho de 2011 em apenas 7 dos 26 produtos da safra brasileira.

É o caso das projeções dos aumentos projetados nas produções de algodão herbáceo em caroço (1,5%), café em grão arábica (16,2%), café em grão robusta (9,6%), cana-de-açúcar (16,7%), feijão em grão 2ª safra (21,4%), milho em grão 1ª safra (1,6%) e milho em grão 2ª safra (30,2%).

Em contrapartida, houve reduções nas estimativas de produção para 2012 em comparação com o ano passado em amendoim em casca 1ª safra (-9,6%), amendoim em casca 2ª safra (-1,1%), arroz em casca (-13,2%), aveia em grão (9,6%), batata-inglesa 1ª safra (-8,6%), batata-inglesa 2ª safra (-8,6%), batata-inglesa 3ª safra (-2,0%), cacau em amêndoa (-6,2%), cebola (-3,6%), cevada em grão (-12,7%), feijão em grão 1ª safra (-12,2%), feijão em grão 3ª safra (-5,7%), laranja (-0,3%), mamona em baga (-28,6%), mandioca (-0,1%), soja em grão (-9,3%), sorgo em grão (-10,0%), trigo em grão (-9,1%), e triticale em grão (-2,1%).

Conab

A produção brasileira de grãos na safra 2011/12 deve alcançar 157,81 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 3,1% (ou 5,03 milhões de t a menos) em comparação com o período anterior (162,96 milhões de t). O resultado faz parte do sexto levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.

A Conab observa, no entanto, que na comparação com a pesquisa de anterior houve um aumento de 0,5% (ou 7444,2 mil t a mais). De acordo com a estatal, o acréscimo pode ser atribuído à recuperação de parte da lavoura do milho primeira safra e do crescimento da produção na segunda safra do cereal (o Brasil colhe duas safra de milho por ano, uma no verão e a outra no inverno).

A primeira safra de milho deve ter leve queda de 0,1%, para 35,89 milhões, apesar das perdas com estiagem na Região Sul, que foram compensadas com aumentos em outras regiões. No caso do milho segunda safra, a estimativa é de 25,804 milhões de t, 20,1% maior que o colhido no período passado, quando registrou 21,481 milhões de t. Somando-se as duas safras, o volume total de milho deve alcançar 61,70 milhões de t, aumento de 7,5% ante a safra 2010/11 (57,41 milhões de t).

O volume de soja na safra 2011/12 deve cair 8,7%, totalizando 68,749 milhões de t. O milho e a soja são as culturas de maior peso na produção agrícola, alcançando 83% de toda a safra, com um volume de 130,451 milhões de toneladas.

Os técnicos da Conab explicam que o sexto levantamento considerou, no caso da região Nordeste, apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e sul do Piauí. Já para a região Norte, considerou somente os Estados do Tocantins e de Rondônia. As demais regiões mantiveram as áreas da safra anterior, por causa do plantio ser feito somente após o início das chuvas. A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 23 e 29 de fevereiro,

Logo mais, às 10 horas, em Brasília (DF), a estimativa será detalhada pelo secretário de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Caio Rocha e pelo novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues dos Santos.

 

 

 

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