Folha de São Paulo
O emprego industrial registrou variação negativa de 0,3% ante alta de 0,1% em dezembro, segundo divulgação dos dados da Pimes (Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados são sazonalizados.
Em 2011, o emprego industrial cresceu apenas 1%, abaixo da alta de 3,4% registrada em 2010.
Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 0,8% e segue com a trajetória descendente iniciada em fevereiro de 2011 (3,9%).
Na comparação de janeiro com o mesmo mês de 2011, o emprego industrial apontou queda de 0,5%. O contingente de trabalhadores caiu em oito das 14 áreas investigadas. O principal impacto negativo ocorreu em São Paulo (-3%), pressionado pelas taxas negativas em 13 dos 18 setores investigados, especialmente nas indústrias de produtos de metal (-9,4%). O Ceará e Santa Catarina também tiveram baixas expressivas, de 2,8% e 1,5%, respectivamente.
REMUNERAÇÃO
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, voltou a apresentar resultado negativo (-0,2%), ante dezembro. Entre setembro e novembro, no entanto, a remuneração do setor registra perda de 2%. Esta é a quinta redução mensal.
Nos últimos 12 meses, a taxa ainda registra variação positiva de 0,2%.
Em janeiro, o número de horas pagas recuou 1,5% em relação a igual mês do ano anterior, com taxas negativas em nove dos 14 locais e em 11 dos 18 setores pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-6,7%), calçados e couro (-9,1%), produtos de metal (-5,9%), madeira (-10,7%) e têxtil (-5,4%). Alimentos e bebidas (3,1%) exerceu a contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria.
FOLHA DE PAGAMENTO
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflaçao) da indústria cresceu 5,1% em janeiro, ante dezembro, quando registrou um recuo de 1,8%. Vale destacar que esse resultado foi sustentado pelo avanço da indústria de transformação (6,6%), já que a indústria extrativa apontou queda de 15,3%, devolvendo a expansão de 15,6% acumulada em dezembro e novembro últimos.
Na comparação com janeiro de 2011, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,4% — 25º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação, com ritmo superior ao observado no último trimestre de 2011 (2,4%).
Já nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 4,1%), mas em trajetória descendente iniciada em maio de 2011 (7,3%).