O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu nesta segunda-feira (16) a estimativa para o crescimento do Brasil neste ano para 2,5%, ante 3,1% previstos em abril. Já para 2013, o FMI elevou a projeção ao estimar um crescimento de 4,6%, 0,5 ponto percentual a mais do que no relatório anterior.
As informações foram divulgadas no relatório Perspectiva Econômica Mundial.
Para o mundo, o Fundo manteve a estimativa de crescimento em 3,5% neste ano. Em 2013, reduziu de 4,1% em abril para 3,9% agora. A entidade alertou para perspectiva de queda caso as autoridades na Europa não ajam com força suficiente e acelerarem as ações para mitigar a crise da dívida da região.
O FMI fez ainda um alerta para a capacidade produtiva de países emergentes, como Brasil, China e Índia. Segundo o Fundo, essas economias podem ter desempenho menos positivo do que se esperava anteriormente e estão enfrentando “incertezas extraordinárias” uma vez que o crescimento global desacelera e investidores evitam ativos de risco.
Neste ano, autoridades de países emergentes mostraram-se preocupadas com entradas de capital de larga escala e apreciação excessiva de suas moedas. Esse temores abriram caminho para preocupações com a rápida depreciação e elevada volatilidade das taxas de câmbio. Moedas como o real e a rúpia indiana depreciaram-se entre 15% e 25% em menos de um trimestre, destacou o FMI.
“Em economias emergentes, autoridades devem estar prontas para lidar com quedas comerciais e com a alta volatilidade dos fluxos de capital”, disse.
Para a China, o FMI reduziu sua estimativa de crescimento em 2012 de 8,2% para 8%, e informou que agora espera crescimento de 8,5% no ano que vem, ante 8,8% anteriormente.
A entidade também revisou para baixo sua estimativa de crescimento para a Índia, de 6,9% para 6,1%, assim como a de 2013, de 7,3% para 6,5%.
Por sua vez, o crescimento da África ainda é visto em um robusto nível de 5,4% neste ano e de 5,3% em 2013, uma vez que a região permanece amplamente isolada dos choques financeiros externos.