Reconheça-se ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, o direito de, em defesa da política que vem praticando o governo ao qual serve com obediência incondicional, dizer o que lhe passar na cabeça a respeito de questões econômicas e financeiras nacionais. Reconheça-se também, no entanto, o direito de cidadãos responsáveis de discordar do ministro quando afirma, como fez logo após conhecidos os dados consolidados das contas públicas de 2012, que “a política fiscal brasileira é sólida e vai continuar”. Mais do que discordar, talvez seja prudente precaver-se: quanto mais o governo do PT persistir nessa política, pior ficará a situação.
Diante de números divulgados nas últimas semanas do ano passado e de diversos atos e decisões do governo para evitar a explicitação de uma deterioração ainda mais aguda das finanças públicas, era previsível que os resultados fiscais de 2012 seriam ruins. Pois os dados consolidados agora divulgados pelo Banco Central, envolvendo as contas do governo central, dos Estados, dos municípios e das empresas estatais (exceto Petrobrás e Eletrobrás) mostram que a situação é pior do que se pensava. Leia AQUI