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Cactos vicejam no deserto

Lembram-se do Tiririca, o palhaço eleito com a maior votação em 2010? Desiludido, anuncia que voltará a fazer graça nos palcos porque na política “não dá para fazer muita coisa”. O mote de sua campanha, “pior que tá não fica”, não apenas dá razão ao deputado Francisco Everardo Oliveira Silva, que recebeu mais de 1 milhão de votos dos paulistas, como se torna até maneiro ante a constatação de que mudanças na forma de fazer política ganharam passos muito tímidos nos dois últimos anos. Em algumas frentes, em vez de avançar, o País retrocedeu.

Veja-se a seara partidária. A par de 30 partidos existentes, pelo menos mais 31 estão sendo criados, a denotar a proliferação abusiva de siglas e os desastrosos efeitos que acabarão mercantilizando ainda mais a política e jogando-a na bolsa de negociação eleitoral. É mais uma demonstração da massa amorfa em que se transformou a estrutura partidária no País. Pior é anotar que isso ocorre num momento de intensa crítica social contra práticas e costumes da velha política. Leia AQUI

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