A inflação subiu no Brasil e com ela, as preocupações do governo. O discurso recente tem enfatizado o compromisso no combate à inflação. Melhor assim. É necessário transmitir a ideia de que há um guardião da inflação para evitar aumentos contínuos de preços. Se subirem muito, caem as vendas, perde-se mercado. É a âncora da economia. Mas não há almoço grátis, o combate à inflação requer estar disposto a abrir mão de coisas valiosas. A sociedade está preparada para (temporariamente) reduzir o consumo e desaquecer o mercado de trabalho para reduzir a inflação?
Ninguém gosta de fazer essa opção. Às vezes nem é necessário. A maioria dos países vizinhos na América Latina está crescendo fortemente, com inflação em queda (o Peru cresce 6,3%, com inflação de 2,6%; o Chile, 5,6%, com 1,5% de inflação; o México, 3,9%, com inflação de 3,6%, etc.). É que uma vez que a inflação é combatida a estabilidade econômica e a melhora na produtividade favorecem o crescimento forte com baixa inflação. Leia AQUI