O anúncio de que o cadastramento dos interessados em utilizá-lo começa dia 15 e que ele passa a valer em novembro pode dar a impressão de que está tudo bem com o bilhete único mensal, uma das principais promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad. Na realidade, as coisas são mais complicadas do que a nova administração municipal se esforça por apresentar. As dúvidas que cercam esse bilhete sugerem que ele foi mais uma ideia improvisada para seduzir os eleitores do que um projeto bem estudado, com a devida atenção para seu custo e seus benefícios para os passageiros, assim como para a sua extensão aos outros componentes do sistema de transporte coletivo da capital, que inclui metrô e trens, estes de responsabilidade do governo do Estado. Até agora ele só vale para o serviço de ônibus.
Uma das ideias aventadas para a identificação do passageiro habilitado a utilizar o bilhete foi a biometria, um sistema que, pela sua precisão, a Prefeitura julgou ideal para evitar fraudes, porque impediria a utilização do bilhete por outra pessoa além do titular. Talvez por seu alto custo, ele foi deixado de lado por enquanto. O cadastramento dos usuários será feito com seus dados pessoais e uma foto, que comporão o seu bilhete. Esse será o documento que lhe permitirá fazer quantas viagens de ônibus quiser durante 30 dias. Leia AQUI