Início Saiu na imprensa A inflação e o teto do PIB

A inflação e o teto do PIB

A inflação é preocupante e a política de juros pode ficar mais dura, disse em São Paulo, num pronunciamento surpreendente, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton de Araújo. Sua fala destoou da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada horas antes, na manhã de quinta-feira, e redigida em linguagem bem mais branda. O mercado reagiu com rapidez. Em pouco tempo aumentaram as apostas em taxas mais altas nos próximos meses. A novidade sobre os juros foi destaque nos meios de comunicação naquele dia e no dia seguinte. Mas o diretor do BC transmitiu um recado bem mais amplo. A economia, segundo ele, tem pelo menos dois graves problemas. Um é a inflação. O outro é a capacidade de crescimento. Há uma ligação entre os dois.

A expansão econômica de 3,1% prevista para este ano está próxima do potencial brasileiro, disse Hamilton, sem apontar um número. Há poucos anos, vários economistas estimavam esse limite na faixa de 4% a 4,5% ao ano. Cálculos mais recentes têm apontado um teto mais baixo, em torno de 3,5%. Esse é o nível provavelmente considerado pelo diretor do BC. Pode-se discutir o cálculo, mas um ponto parece claro: o Brasil está despreparado para sustentar um ritmo de avanço parecido com o de outros países latino-americanos – e nem se fale em padrões chineses ou asiáticos de crescimento. Leia AQUI

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