A reprovação do aluno deve constituir um arquétipo cravado no inconsciente coletivo do brasileiro, porque é algo de que não conseguimos nos livrar, apesar de haver razoável evidência de que a retenção transita entre o inútil e o contraproducente. É pena, portanto, que o plano de educação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, volte a apostar nessa fórmula.
Ao menos em teoria, a reprovação serviria para garantir a solidez da formação, dado que o estudante só progrediria com a certeza de ter assimilado o necessário para avançar. As evidências empíricas, porém, mostram que não é bem assim. Metanálises como a de Holmes e Matthews (1984) e a de Jimerson (2001) compararam os resultados de dezenas de estudos e concluíram que, ao menos no ensino elementar, a reprovação não só não é benéfica como pode piorar o desempenho do aluno. Leia AQUI.