O novo desafio da Petrobrás, depois do leilão do Campo de Libra, é conseguir o dinheiro necessário para o desenvolvimento e a exploração da maior reserva de petróleo já entregue à atividade empresarial no Brasil. Com uma dívida de US$ 112,7 bilhões no fim do segundo trimestre, a maior estatal brasileira é também a maior devedora do mundo entre as companhias abertas não financeiras, de acordo com o Bank of America. A segunda na classificação do banco, a China State Grid, devia US$ 104 bilhões na mesma data. A terceira, a americana Verizon, US$ 98 bilhões. Com participação de 40% na área leiloada ontem, a Petrobrás ainda terá de ficar com pelo menos 30% nas próximas licitações, se forem mantidos os critérios adotados até agora para o modelo de partilha. A empresa terá caixa suficiente para seus compromissos, disse no fim de semana o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o Tesouro, portanto, ficará dispensado de qualquer socorro. Isso pode ser verdadeiro no curtíssimo prazo, quando será preciso desembolsar R$ 6 bilhões para o bônus do leilão, valor correspondente à participação no consórcio.