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Eficiência na energia, sem horário de verão

Diz o noticiário (Agência Estado, 20/10) que será de R$ 400 milhões a economia de energia (0,5%) que o País fará com o horário de verão, nas duas horas de pico do consumo (19 às 21 horas), até 16 de fevereiro. Serão 2.065 MW no Sudeste e no Centro-Oeste, mais 630 MW no Sul, “sobretudo de usinas térmicas”. A razão invocada pelo Ministério de Minas e Energia é o baixo volume de água retido em reservatórios de usinas hidrelétricas.

A ABEEólica, que congrega as usinas movidas por ventos, afirma que o setor já tem hoje 2,7 GW e chegará a 16 GW até 2021 (o que nos poderia dispensar das usinas movidas a carvão mineral, as mais poluidoras entre todas). É preciso acrescentar que, até aqui, a área federal tem desestimulado os projetos nessa área das eólicas, a ponto de haver impedido, recentemente, sua participação em leilão para novas usinas -, depois de vir a público que dezenas de usinas já instaladas no Nordeste não entravam em atividade porque o governo federal, a quem cabia a obrigação, por contrato, não construíra as linhas para levar a energia das turbinas até as linhas de transmissão. Também há fontes, já citadas em outros artigos neste espaço, segundo as quais estamos perdendo nas linhas de transmissão até 17% da energia gerada – a área federal dá números menores.

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