O governo não apenas gasta mal, o que não é propriamente uma novidade, mas economiza mal – do que pouco se fala. Um exemplo de falta de critério nos cortes dos dispêndios federais é o da redução do número de vistorias efetuadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) nos municípios que recebem recursos do poder central. O órgão simplesmente ficou sem dinheiro para bancar o trabalho de seus auditores junto às Prefeituras. “A redução orçamentária foi dura e grande”, avalia o titular da CGU, ministro Jorge Hage, comentando o contingenciamento da ordem de R$ 17 milhões este ano, ou cerca de 20% do orçamento original de R$ 84 milhões (descontado o pagamento de seus 2.500 servidores).