Há uma quase unanimidade, no Brasil, quanto ao imperativo de aumentar as verbas para o setor público de saúde. Ainda bem que ela não é completa, porque, como diz a célebre frase de Nelson Rodrigues, o consenso não produz a mais inteligente das opiniões.
Não se pode negar que falte dinheiro: o gasto público (3,8% do PIB) é quase a metade, em termos proporcionais, do que despendem outros países com modelos semelhantes ao brasileiro. No entanto, o argumento ignora que o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta, além do subfinanciamento, um problema grave de ineficiência.