Presos desde o dia 15 de novembro, o ex-ministro José Dirceu e os demais condenados do mensalão foram obrigados a doar seus livros para a biblioteca da Penitenciária da Papuda e passaram a ter a leitura limitada a duas horas diárias – das 9h às 11h. Eles aguardam autorização da Justiça para passar o dia fora da cadeia, trabalhando, o que poderá livrá-los desse e de outros rigores da cela.
A mudança na rotina da penitenciária ocorreu após o Ministério Público do Distrito Federal pedir à Justiça isonomia no tratamento dos presos – os do mensalão estavam conseguindo privilégios não permitidos aos presos comuns, a começar pelo direito de receber visitas em horários diferenciados. A decisão segue-se também ao afastamento informal do juiz da Vara de Execuções Penais, Ademar Silva de Vasconcelos.
Nos primeiros dias, os presos do mensalão recebiam visitantes e advogados em uma sala mais confortável da administração da Papuda. Agora, têm de conversar com suas visitas em ambiente dividido por um vidro duplo, sem ventilação e por meio de um interfone. Não há mais contato físico. As caravanas de congressistas também foram proibidas.