Equipamentos públicos de saúde, educação e assistência social poderão ser construídos sem nenhuma restrição em qualquer bairro de São Paulo se for aprovado o projeto de lei enviado pelo prefeito Fernando Haddad à Câmara Municipal. Conforme a proposta, bairros estritamente residenciais, áreas de proteção permanente, ruas estreitas e sem saída poderão abrigar escolas, creches e abrigos, apesar do impacto que esse tipo de atividade traz ao entorno. As escolas poderão funcionar sem limite de horário e não precisarão mais de dispor de área de embarque e desembarque. Imóveis em ruas com largura inferior a 10 metros poderão ser usados como creches.
O prefeito Fernando Haddad surpreende novamente. Em vez de cumprir o papel de defensor número um do ordenamento urbano numa cidade altamente caótica, resolve dar o exemplo contrário. Ignora o que prevê o Plano Diretor e todas as normas da Lei de Uso e Zoneamento do Solo da capital para fazer valer sua vontade de se posicionar como o único prefeito das últimas décadas a “resolver”, em tempo recorde, o problema do déficit de vagas nas creches e escolas de educação infantil. Ignora, inclusive, uma das promessas mais presentes em seu discurso político – a da participação popular nas decisões da administração pública, uma vez que deveria ter colocado essa proposta nas audiências públicas que discutem a atualização do Plano Diretor. Leia AQUI.