Que um governante se mostre triste por não poder fazer tudo o que queria para melhorar as condições de vida da população que o elegeu, é coisa louvável. Mas não é bem esse o caso das lamúrias do governo de Fernando Haddad, que não para de se queixar da falta de recursos que vai enfrentar em 2014 e talvez até mesmo no restante de seu mandato, ao mesmo tempo que procura desculpas nada convincentes para a incapacidade de cumprir promessas de campanha feitas para agradar à plateia, sem pensar nos dados da realidade.
O aumento frustrado do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o adiamento, sabe-se lá para quando, da renegociação da dívida da Prefeitura com o governo federal são apontados como os principais culpados pelas agruras da atual administração municipal. Sem os R$ 800 milhões que esperava receber a mais com o reajuste do IPTU, por exemplo, barrado pela Justiça, a Prefeitura alega que não terá recursos para oferecer a contrapartida necessária para receber alguns bilhões prometidos pelo governo federal.