A decisão do presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM), Edson Simões, de determinar a suspensão da licitação para a construção de 150 km de corredores de ônibus, ao custo de R$ 4,7 bilhões, é mais um elemento a confirmar a improvisação, a falta de planejamento e de estudos técnicos que tem sido a marca do governo de Fernando Haddad. Embora seja só mais um, este caso é particularmente grave, porque afeta um dos principais projetos – se é que assim se podem chamar as ideias mal costuradas do prefeito.
As razões apontadas pelo TCM para justificar sua decisão deixam claro como é confusa a maneira de trabalhar de Haddad e seus principais auxiliares, que tocam o governo aos trancos e barrancos, tentando passar como um trator sobre procedimentos e cuidados que devem marcar uma administração séria e responsável. Entre elas estão a falta de projeto básico completo e de especificações técnicas, assim como da comprovação de recursos orçamentários suficientes para cobrir o custo das obras.