O comportamento do mercado de trabalho, no qual o governo fundamentou suas projeções otimistas – e desmentidas na prática – para o crescimento da economia em 2013, continua a justificar previsões oficiais igualmente otimistas para 2014. Dados recentes, porém, mostram que pode estar se esgotando o vigor desse mercado. Se, mesmo pujante em 2013, não foi suficiente para impulsionar mais a atividade econômica, parece pouco provável que, tendo perdido parte de seu dinamismo, o mercado de trabalho continue a manter a demanda interna em nível elevado, estimulando a produção, como espera o governo.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre desocupação e renda nas seis principais regiões metropolitanas continuam positivos. O desemprego médio de 2013 ficou em 5,4%, a menor taxa desde 2002, quando esses dados passaram a ser tabulados (a desocupação em dezembro, de 4,3%, também foi a menor taxa mensal desde o início da pesquisa). O resultado de 2013 é 0,1 ponto porcentual inferior ao de 2012 e 7 pontos porcentuais abaixo do resultado de 2003 (desemprego de 12,4%). Leia AQUI