Cresce o risco de um curto-circuito fiscal com a disposição do governo de gastar entre R$ 16 bilhões e R$ 18 bilhões, neste ano, para proteger os consumidores do aumento do custo da eletricidade. A presidente Dilma Rousseff tentará mais uma vez administrar – ou mesmo maquiar – o índice de inflação por meio de subsídios. No ano passado a conta ficou em R$ 9,4 bilhões para o governo federal, com receitas normais do Tesouro e dinheiro de recebíveis de Itaipu. Foram usados, de toda forma, recursos da União, com efeitos fiscais de curto e de médio prazos. Em 2014 o gasto efetivo será determinado pelas condições do tempo. Quanto mais prolongada a seca no Centro-Oeste, no Sul e no Sudeste, mais o País dependerá da energia das centrais térmicas, mais cara que a das hidrelétricas. Em vigor desde o começo de 2013, a política de contenção de tarifas de eletricidade é um duplo e custoso equívoco.