A grande ambição do governo deve ser, nesta altura, um ano tão bom ou tão ruim quanto 2013, na economia brasileira, mas até esse desejo será frustrado se as novas projeções do Banco Central (BC) estiverem certas. A presidente Dilma Rousseff está arriscada a completar quatro anos de mandato com um crescimento médio de apenas 2% ao ano e os principais indicadores caindo pelas tabelas – tabelas de produção, de inflação, de investimento e de comércio exterior. Os dados e previsões divulgados durante a semana por várias das principais fontes de informação econômica – BC, Tesouro, Ipea, Confederação Nacional da Indústria e Fundação Getúlio Vargas – parecem ter sido elaborados para apoiar a Standard & Poor’s (S&P) e justificar o rebaixamento da nota de crédito do País, anunciada na segunda-feira à noite.
Noticiado o rebaixamento, o ministro da Fazenda estrilou, a presidente ficou irritada, como sempre, e até o BC soltou uma nota sobre o assunto, com uma estranha referência a “austeridade na condução da política macroeconômica”. Não se sabe se foi gozação, mas a nota, embora curta, foi alinhada com o discurso oficial. Leia AQUI