Além de encarecer a vida dos brasileiros, a inflação pressiona também o custo da dívida pública e prejudica a saúde financeira do governo. Nos 12 meses terminados em abril, o custo médio da dívida pública federal (DPF) subiu de 11,46% ao ano para 11,52%, segundo informou o Tesouro Nacional. O custo médio da dívida pública federal interna (DPFi) também aumentou, passando de 11,03% para 11,13% ao ano. A dívida ficou mais cara porque cresceu a participação de títulos corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pela Selic, a taxa básica de juros. Essa taxa voltou a subir em abril do ano passado, quando os dirigentes do Banco Central (BC) decidiram intensificar o combate à alta de preços. Os investidores em papéis do governo tiveram um duplo estímulo para mudar suas preferências: tentaram defender-se da onda inflacionária e, ao mesmo tempo, aproveitar a remuneração maior oferecida pelos títulos vinculados à Selic. Leia AQUI.