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Pátria e partido

Doze dias atrás, pela primeira vez na democracia, o Brasil ganhou uma “lista negra” semioficial de críticos do governo. A nota, publicada no site do PT pelo vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, enumera nove nomes malditos –entre eles, o deste colunista– e, nesse passo, desvela a alma política de uma parcela de nossa elite dirigente. Substancialmente, o que existe ali é a pretensão autoritária de identificar a pátria ao partido.

Separemos o que é irrelevante. Ao responsabilizar os nove malditos pela recepção hostil do Itaquerão a Dilma Rousseff, o PT pratica uma inofensiva modalidade de terrorismo: tenta matar o país de tanto rir.

Isolemos o que é secundário. A afirmação de que os nove “estimulam a maldizer os pobres e sua presença nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes” não passa de uma calúnia primária destinada a aquecer militantes e pautar blogueiros palacianos. Leia AQUI

PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO

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