As quatro testemunhas arroladas na investigação sobre o suposto envolvimento dos deputados Rodrigo Garcia (DEM-SP) e José Aníbal (PSDB-SP) com o cartel metroferroviário prestaram depoimento na Polícia Federal em Brasília nesta sexta feira, 27, e negaram ter conhecimento do pagamento de propinas aos parlamentares por multinacionais do setor.
Garcia e Aníbal, ex-secretários do governo Geraldo Alckmin (PSDB), estão sob investigação do Supremo Tribunal Federal porque detêm foro privilegiado perante a Corte. Os relatos das testemunhas contradizem denúncias do delator do cartel, engenheiro Éverton Reinheimer, ex-diretor de Transportes da multinacional alemã Siemens.
Por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que acatou requerimento do procurador-geral da República Rodrigo Janot, a PF ouviu o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Manuel Bandeira, o ex-secretário estadual de Transportes Jorge Fagali Neto (governo Fleury Filho), o ex-diretor administrativo e financeiro da CPTM (2003-2006) Antonio Kanji Hoshikawa, e o ex-vice prefeito de Mairiporã (SP) Silvio Antonio Ranciaro.
Eles desmentiram o acusador do cartel, Éverton Reinheimer, ex-diretor da Siemens. Em delação premiada, por meio da qual busca se livrar de eventual punição judicial, Reinheimer afirmou que o cartel vigorou no setor de transporte de massa em São Paulo e em Brasília no período entre 1998 e 2008. Leia AQUI