A expansão da capacidade de geração e transmissão da energia elétrica no país tem sofrido seguidas frustrações, com atrasos de implantação de até quatro anos — caso da usina nuclear de Angra 3, que deveria entrar em operação em 2014 e agora está prevista para 2018 — por entraves jurídicos, ambientais ou de engenharia e falhas de planejamento. Atrasos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outras, fizeram com que, em 2013, o aumento da potência efetivamente instalada ficasse 20% abaixo do previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Assim, o governo teve de anunciar, nesta terça-feira, um dia após o apagão que atingiu 11 estados e o Distrito Federal, um rearranjo de distribuição de energia para tornar mais confiável o fornecimento no Sudeste e no Centro-Oeste. Além disso, as causas do apagão ainda foram motivo de divergência entre o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, e o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp.
Em janeiro de 2013, era prevista a entrada em operação de 10,12 mil MW em novas usinas, mas o efetivo realizado até dezembro foi de 7,16 mil MW. Dos mais de 40 mil MW já outorgados, 35% não tinham obras iniciadas ou estavam com obras paralisadas em outubro, conforme o último boletim de expansão da oferta, da Aneel, que frisa que nem toda essas usinas estão com o cronograma atrasado. Leia AQUI.