Desde o lançamento do Mais Médicos, eram evidentes as sérias falhas de planejamento de um programa social que, segundo o governo federal, mudaria o paradigma da saúde pública brasileira, ao oferecer atendimento médico a uma parcela da população que nunca antes havia recebido atenção por parte do Estado. O discurso do governo federal simplesmente não se encaixava com a realidade, pois no planejamento e na administração do programa imperava a improvisação. Essa situação é agora reconhecida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ao indicar em recente relatório que a execução do programa às pressas tem gerado não só pequenos problemas, como, por exemplo, falhas na supervisão dos médicos vinculados ao programa. Fica evidente, assim, que a finalidade política do programa prevaleceu no seu planejamento e também na sua execução.
Diante das críticas, o governo federal alegava que o programa atendia comunidades que não contavam com nenhum tipo de atenção médica. Era como se o governo dissesse: qualquer coisa é melhor do que nada e, portanto, ninguém venha reclamar do Mais Médicos. Leia AQUI