A Petrobrás poderá ter de adiar, mais uma vez, a publicação do balanço financeiro do ano passado. Marcada para o dia 30 de abril, a divulgação pode atrasar porque os métodos adotados para apurar os resultados ainda estão sob análise da autoridade americana responsável pela vigilância do mercado, a SEC (Securities and Exchange Comission). Os técnicos da SEC receberam o relatório há duas semanas e não se manifestaram oficialmente sobre os procedimentos. Fontes ligadas à Petrobrás dizem, porém, que há sinais de que a metodologia será aprovada.
O novo cálculo não levará em conta os prejuízos causados pela corrupção revelada pela Operação Lava Jato. E deverá levar a uma baixa contábil – redução do valor dos ativos da empresa – bem menor do que a conta anterior, feita em janeiro pela consultoria Delloite e pelo banco BNP. Pelos cálculos da Delloite, os ativos da Petrobrás estavam inflados em R$ 88,6 bilhões – resultado de vários problemas, do superfaturamento das obras e à queda do preço do petróleo, que provoca desvalorização dos ativos. A crise provocada pela divulgação dos R$ 88,6 bilhões foi apontada como a causa da queda da presidente da Petrobrás, Maria Graça Foster. Leia AQUI