Se os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) basearem apenas em critérios técnicos sua decisão sobre as contas do governo Dilma Rousseff relativas a 2014, que serão julgadas na sessão plenária de hoje, é grande o risco de, pela primeira em sua história, a Corte de contas rejeitar as demonstrações contábeis e financeiras apresentadas pela Presidência da República.
Embora considerações de natureza política possam permear decisões cruciais do TCU, como as relativas às prestações de contas do Executivo, o relatório sobre o Balanço Geral da União de 2014, elaborado pelos auditores da Corte, contém fundamentadas ressalvas que justificariam sua rejeição. A mais grave delas, como mostrou reportagem do Estado, é a omissão de créditos de R$ 37,1 bilhões tomados pelo governo de bancos oficiais em operações caracterizadas como pedaladas fiscais e que ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como já decidiu o próprio TCU. Leia AQUI