Brasília (DF) – Na denúncia da Operação Abismo, 31ª fase da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal (MPF) requereu dos denunciados o pagamento de quase R$ 62 milhões de reais que devem ser devolvidos aos cofres públicos. As informações são de matéria desta terça-feira (9) do portal O Antagonista.
Do valor total, pelo menos R$ 20,6 milhões correspondem a propinas pagas ao ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, e ao ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira. Os outros R$ 41,3 milhões são referentes à multa, que é calculada de acordo com o dobro dos valores que foram desviados.
Para o deputado federal Max Filho (PSDB-ES), a ação do Ministério Público e as investigações da Polícia Federal demonstram a força das instituições brasileiras, que seguem inabaladas, apesar dos sucessivos escândalos de corrupção.
“A atuação do Ministério Público tem sido exemplar, tem sido inflexível. A operação [Lava Jato] tem dado muito resultado, no sentido de trazer de volta aquilo que tinha sido levado, o dinheiro público, a confiança dos brasileiros. Cabe sim ao Ministério Público e à Polícia Federal fazer valer a Justiça e trazer de volta esse dinheiro, e eles têm sido muito eficientes nessa tarefa, inclusive contando com a cooperação internacional”, afirmou.
“É como disse o jornalista Vladimir Netto, no seu livro sobre a Lava Jato: quando eles estavam para oferecer a denúncia, o Ministério Público da Suíça encaminhou ao Brasil a relação de contas que esses envolvidos tinham lá fora, os diretores da Petrobras, etc. A expressão que eles usaram foi ‘viva a Suíça’. Eu, parafraseando, digo ‘viva o Ministério Público Federal’”, completou o parlamentar.
A Operação Abismo investiga 15 pessoas por suposto envolvimento em irregularidades na construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. Segundo o MPF, o consórcio Novo Cenpes teria pago R$ 20 milhões em propina para conseguir o contrato de execução das obras, entre 2007 e 2012.
Leia AQUI a matéria do portal O Antagonista.