O diretório nacional do PT pagou R$ 2,2 milhões com recursos do fundo partidário em 2015 a duas empresas suspeitas de terem recebido dinheiro de caixa 2 na campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT). As empresas CRLS e Focal são dirigidas pela família Cortegoso, cujo patriarca, Carlos Roberto Cortegoso, conhecido como “o garçom de Lula”, é réu por crime de lavagem de dinheiro em decorrência da Operação Custo Brasil, um desdobramento da Operação Lava Jato. Procurado para comentar os repasses, o PT disse que não iria se manifestar. O advogado de Cortegoso, Marcelo Decreci, não retornou as ligações feitas pela reportagem.
O fundo partidário, cujo nome oficial é Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, é um montante repassado todos os anos pelo poder público para os partidos formalmente registrados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para receber o dinheiro, que serve para atividades partidárias, as siglas devem estar com suas prestações de conta em dia. Em 2015, o fundo distribuiu R$ 867 milhões aos partidos. Leia AQUI