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FHC: Eu amo vocês profundamente e sinto que sou amado

FOTO - Paula Sholl

Na cerimônia em homenagem aos seus 80 anos, ele disse que está feliz

“Eu amo vocês profundamente e sinto que sou amado. Eu estou feliz.”. Com esta frase, o Presidente de Honra e ex-presidente da República encerrou a cerimônia “Fernando Henrique Cardoso: o estadista do novo Brasil”, promovida pelo PSDB nesta quinta-feira, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal.

Para um auditório animado e lotado, FHC falou da emoção em ouvir “palavras e elogios de tantas pessoas de tantas diferentes correntes”, e ressaltou que vive “uma espécie de renascimento, pois quando jovem eu era mais velho do que sou hoje”.

Fernando Henrique ressaltou o reconhecimento que tem tido em todas as comemorações pelo seu aniversário de 80 anos. Mas fez questão de destacar e convocar a todos a trabalhar pela educação no Brasil. “Nós ainda não conseguimos chegar lá”, afirmou. Segundo ele, não basta o acesso à educação, é preciso ter qualidade. “Nós precisamos aterrissar no professor, no salário dele sob pena do País ser condenado ao isolamento”.

Para ele, o que tem a ser feito no Brasil é mais difícil do que diferentes governos fizeram até agora. “Falta carinho, falta atenção, é preciso retribuir a quem pagou impostos”, afirmou referindo-se aos serviços públicos no Brasil que não atendem bem à população.  Também disse que é preciso pensar a questão do meio-ambiente “não como uma coisa de mercado mas das relação das pessoas”.

De uma geração marcada pela luta pela democracia, o ex-presidente disse que os desafios hoje são outros: “nós vamos precisar inovar, abrir fronteiras e isso passa pelo conhecimento”. E este conhecimento, segundo ele, hoje está com os jovens.

“Este mundo é dos jovens, hoje todos querem participar, nós somos parlamento”.

Exatamente por isso, destacou, “é preciso voltar ao tempo da política da convivência, da discussão”. Neste sentido, Fernando Henrique disse ter ficado feliz em receber a carta da presidente Dilma Rousseff cumprimentando-o pelo aniversário. “Não pelo gesto político, mas por um gesto que diz nós somos brasileiros”. E lembrou: “construir juntos não é aderir”.

FONTE: Agência Tucana

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